sexta-feira, 7 de abril de 2017

ASSUSTADOR: Estudo da UFRN revela que água mineral no RN tem índice de coliformes fecais quatro vezes maior que água da Caern

 Jornal de Hoje
(http://blogdobg.com.br)

Uma pesquisa realizada recentemente pelo Laboratório de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Larhisa), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que realiza um trabalho permanente de investigação na qualidade da água do Estado, traz um alerta em relação à água utilizada em Natal para consumo humano. O levantamento apontou que 10% das amostras de água da Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) continham presença de coliformes fecais, enquanto que nas águas minerais analisadas este índice é ainda mais assustador: 40%. O monitoramento feito pelo laboratório já indicava que, nos últimos anos, a qualidade da água servida pela Caern vem melhorando, enquanto que a água mineral vinha perdendo qualidade. Apesar dos dados apresentados na pesquisa, a Vigilância Sanitária do RN, órgão responsável por fiscalizar a qualidade de água comercializada, garante que a água mineral potiguar é livre de coliformes fecais.
A pesquisa foi realizada em Natal, em todas as regiões administrativas, através de critérios estatísticos, onde é sorteado o bairro, através de setorização, e um novo sorteio indica o domicílio a ser investigado. O pesquisador foi até a residência e coletou uma amostra de água servida pela Caern, colhida diretamente da torneira, e outra amostra de água mineral, colhida da mesma forma como o usuário retira a água, quer seja diretamente do garrafão, de um suporte ou do gelágua. O levantamento foi realizada em 50 domicílios. A pesquisa também foi motivada pelas inúmeras reclamações feitas pelos consumidores ao PROCON em relação a qualidade da água mineral.

O professor Manoel Lucas, um dos responsáveis pela pesquisa, ressalta que a presença de um alto índice de coliformes fecais na amostragem, não significa que a água mineral que está sendo comercializada, esteja contaminada. Ele acredita que dificilmente a contaminação por coliformes fecais seja oriunda dos mananciais. “Muito provavelmente essa contaminação pode ser feita no manuseio desse garrafão, pois as pessoas não fazem o manuseio da forma correta, limpando com álcool. Além disso, não sabemos se no meio do caminho essa água está sendo falsificada pelos distribuidores. Esta pesquisa vai orientar outras investigações, que poderá indicar, futuramente, onde está água está sendo contaminada, mas o menos provável é que seja da fonte”, explica Manoel Lucas.

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